Sistema B inclui salário digno e emissões de CO2 em critérios de certificação
- Keep Estratégia ESG

- 24 de dez. de 2024
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“Estamos diante da maior onda regulatória, em termos de sustentabilidade, da nossa história.”
A constatação é de Rodrigo Gaspar, co-diretor executivo do Sistema B Brasil, unidade local de um movimento global que certifica empresas em busca de resultados positivos sociais e ambientais, para além do econômico.
O Sistema B revisou suas exigências para o processo de certificação de empresas. Entre as novidades estão avaliações sobre trabalho justo, o que inclui aspectos de salário digno, e cálculo de emissões de carbono.
Os novos requisitos valem para as adesões a partir de 2026 e para as companhias que já integram a iniciativa, à medida em que elas se recertificarem, o que acontece a cada três anos. Hoje, 9.442 empresas em 105 países – 342 no Brasil – integram a iniciativa.
“A evolução dos nossos padrões vem para responder a magnitude dos desafios que temos”, diz Gaspar. Nos 18 anos do Sistema B, criado nos Estados Unidos em 2006, essa é a sétima revisão dos critérios de certificação.
Gaspar destaca que, de um lado, a Europa tem apertado as regulações ambientais para empresas que atuam ou fazem negócios com o continente e, de outro, o Brasil viveu neste ano a maior incidência de catástrofes climáticas da nossa história, o que afeta os negócios.
Os riscos climáticos estão no top três da gestão de riscos de todas as empresas que fazem esse gerenciamento de maneira séria, segundo ele.
A certificação do Sistema B tem exigências consideradas fundamentais, que são eliminatórias. Elas incluem ter mais de um ano de operação, visar o lucro, operar em um segmento de mercado competitivo, não pertencer a uma indústria controversa, estar de acordo com requerimentos legais e preencher uma avaliação de impacto.
Também há requisitos de desempenho, com avaliação sobre propósito e governança de stakeholders; cultura e ambiente de trabalho; justiça, equidade, diversidade e inclusão; ação climática; gestão ambiental e circularidade; assuntos governamentais e ação coletiva.
As mudanças nos requisitos são resultado de uma consulta pública feita pelo Sistema B Internacional realizada entre janeiro e março de 2024, que contou com a participação de mais de mil empresas e representantes de diferentes setores.







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